Informatividade- Texto para reescrita

                                   Violência social
 
A violência social vem sendo praticada no mundo inteiro, em todas as classes da sociedade.
  É uma luta pelo poder e pela sobrevivência. Uns matam e roubam para sobreviver, conseguir um pedaço de pão e ter com que se alimentarem, outros praticam a violência apenas com o objetivo de enriquecerem ainda mais e dominar a classe mais fraca.
  Há rivalidades até entre famílias, filhos matando pais para tomar o que lhes pertence, irmãos brigando entre si
  Brigas por posses de terra, causando guerras entre países como ocorreu a pouco tempo e continua acontecendo.
  Por qualquer motivo se pratica a violência, uma simples discussão, ciúmes, um lugar na fila do ônibus, etc. Ninguém respeita o próximo, qualquer coisa, por menor que seja, serve de motivo para acabar em violência e basta andarmos uns minutos pelas ruas, para encontrarmos vários exemplos.
  Assim como há os que praticam a violência pelo poder e pela necessidade, há também muitos que a praticam por prazer, por querer mostrar que pode mais que o outro.

 
                                                     (Redação de aluno)

Questões:

1) No primeiro parágrafo, o autor afirma que  a violência é praticada no mundo inteiro, o que nos leva a pressupor que o texto vai ser desenvolvido com exemplos de diferentes países  e realidades sociais. Isso se verifica posteriormente no texto. Explique.
2) No 2º Parágrafo, o autor afirma que há  os que roubam e matam por fome e os que praticam violência com vistas ao poder.
A) O autor esclarece quem são essas pessoas, seus grupos sociais ou o país onde vivem?
B) Se há pessoas que roubam e matam por fome, então elas são vítimas de uma situação social grave. Logo, elas deveriam ser referidas no mesmo parágrafo que aqueles que praticam a violência pelo poder? Como  e onde essa ideia pode ser desenvolvida?

3º) Observe o 3º e o 4º parágrafos. Neles, as afirmações são genéricas  e sem profundidade. Que informações o autor poderia oferecer para torná-los mais precisos e ricos em ideias?
4) No 5º parágrafo o autor procura explicar o fenômeno da violência através de argumentos? Justifique.
5) Qual é o único motivo apresentado para explicar,no 5º parágrafo, porque o indivíduo é levado à violência?
6)  No último parágrafo, o autor retoma a
ideia principal exposta nos primeiro parágrafos- a violência é fruto  da luta pelo poder e pela sobrevivência- mas introduz uma ideia nova.
A) Qual é essa
ideia?
B) Considerando as partes de uma dissertação, o qual foi o grande erro desse parágrafo? 

Agora sua tarefa será reescrever este texto. Reduza o número de  parágrafos, mas acrescente a informatividade necessária e assuma uma posição sobre o assunto. 

         Bom trabalho! 


Dicas para interpretar

Ao fazer uma interpretação siga as seguintes dicas:
 
01. Ler todo o texto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura;
03. Ler o texto pelo menos umas três vezes;
04. Ler com perspicácia, sutileza;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
10. Marcar a resposta correta apenas quando for entregar a avaliação.

Bom Trabalho!

Siga as dicas para desenvolver suas próximas atividades textuais

Memórias Póstumas- Trechos com Interpretação

O fragmento abaixo foi retirado do livro: Memórias Póstumas de Brás Cubas. 
(Extraído do site- Análise de textos)

"Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas)"

1) Pode-se afirmar, com base nas idéias do autor-personagem, que se trata:
a) de um texto jornalístico
b) de um texto religioso
c) de um texto científico
d) de um texto autobiográfico
e) de um texto teatral

2) Para o autor-personagem, é menos comum:
a) começar um livro por seu nascimento.
b) não começar um livro por seu nascimento, nem por sua morte.
c) começar um livro por sua morte.
d) não começar um livro por sua morte.
e) começar um livro ao mesmo tempo pelo nascimento e pela morte.

3) Deduz-se do texto que o autor-personagem:
a) está morrendo.
b) já morreu.
c) não quer morrer.
d) não vai morrer.
e) renasceu.

4) A semelhança entre o autor e Moisés é que ambos:
a) escreveram livros.
b) se preocupam com a vida e a morte.
c) não foram compreendidos.
d) valorizam a morte.
e) falam sobre suas mortes.

5) A diferença capital entre o autor e Moisés é que: 
a) o autor fala da morte; Moisés, da vida.
b) o livro do autor é de memórias; o de Moisés, religioso.
c) o autor começa pelo nascimento; Moisés, pela morte.
d) Moisés começa pelo nascimento; o autor, pela morte.
e) o livro do autor é mais novo e galante do que o de Moisés.

6) Deduz-se pelo texto que o Pentateuco:
a) não fala da morte de Moisés.
b) foi lido pelo autor do texto.
c) foi escrito por Moisés.
d) só fala da vida de Moisés.
e) serviu de modelo ao autor do texto.

7) Autor defunto está para campa, assim como defunto autor para:
a) intróito
b) princípio
c) cabo
d) berço
e) fim

8) Dizendo-se um defunto autor, o autor destaca seu (sua):
a) conformismo diante da morte ;
b) tristeza por se sentir morto
c) resistência diante dos obstáculos trazidos pela nova situação
d) otimismo quanto ao futuro literário
e) atividade apesar de estar morto

Vícios de linguagem

Você que está se preparando para o Enem confira os principais vícios de linguagem que podem povoar o seu texto. Logo após entendê-los desenvolva as atividades propostas.


BARBARISMO
É o desvio relativo à palavra. É quando grafamos ou pronunciamos uma palavra que não está de acordo com a norma culta.
ex:Pronúncia
- Pograma (o certo seria programa)
- Rúbrica (o certo seria rubrica)

Grafia
- Etmologia (o certo seria etimologia)
- Advinhar (o certo seria adivinhar)
SOLECISMO É o desvio em relação à sintaxe. Pode ser:
De concordância
- Haviam pessoas. (o certo seria havia)
- Fazem dois meses. (o certo seria faz)
- Faltou muitos alunos. (o certo seria faltaram)
De regência
- Obedeça o chefe. (o certo seria ao chefe)
- Assisti o filme. (o certo seria ao filme)
De colocação
- Tinha ausentado-me.
- Não espere-me.
CACÓFATO É o som desagradável, obsceno.
- Hilca ganhou.
- Vou-me já.
-- Boca dela.
COLISÃO Aproximação de sons consonantais idênticos ou semelhantes.
- Sua saia saiu suja da máquina.
AMBIGUIDADE É o duplo sentido.
- O cachorro do seu irmão avançou sobre o amigo. (o irmão ou o animal é cachorro)
ARCAISMOS
Uso de expressões que caíram em desuso.
poer- por
pharmácia- farmácia
PLEONASMO (vicioso)
Repetição desnecessária de uma expressão.
- Criar novos…
- Hemorragia de sangue
- Subir para cima
- Panorama geral
- Antecipar para antes


                                     Resolva as questões:

Item 1. Diante dos enunciados que seguem, analise-os, apontando qual o vício de linguagem predominante nestes:
a – Peguei o ônibus correndo.
b – Aquele ambiente é bastante aconchegante, que tal fazermos um happy-hour, ou talvez um breakfast?
c – Na geladeira há sanduiches de mortandela, coloque-os na bandeija e sirva aos convidados.
d – Durante o evento, não vi ela nem um instante.
e – Suba lá em cima e pegue as encomendas para mim.

Item 2.Sobre os vícios de linguagem, relacione a segunda coluna com a primeira:
(A) barbarismo;
(B) solecismo;
(C) cacófato;
(D) redundância;
(E) ambigüidade.
(  ) É admirável a fé de meu tio;
(  ) Não teve dó: decapitou a cabeça do condenado;
(  ) Faziam anos que não morriam pessoas;
(  ) Coitado do burro do meu irmão! Morreu.
 ) Intervi na briga por que sou intimerato.


Item 3. – Não há ambiguidade na  frase:a) Estivemos na escola da cidade que foi destruída pelo incêndio.
b) Câmara torna crime porte ilegal de armas.
c) Vi  o acidente do barco.
d) O policial prendeu o ladrão em sua casa.


Item 4.– Indique a ambiguidade das frases a seguir.
a) João e Maria vão casar-se .

b) Eu e ela viemos de carro.
c) O juiz declarou ter julgado o réu errado.
d) Comi um churrasco num restaurante que era gostoso.

Artigo de opinião vencedor das olimpíadas - 2008

 Este foi o texto da aluna finalista das Olimpíadas de Língua Portuguesa 2008. 
Aproveitem, pois o Artigo dela servirá como base para você escrever o seu artigo de opinião....

Cavaleiros da cana versus mecanização

O lugar onde vivo é uma típica cidadezinha do interior do Paraná, com uma população de apenas 4.275 habitantes. O formato do município de Tamboara é no mínimo curioso, quase um quadrado perfeito emoldurando uma cidade em miniatura com virtude e problemas característicos de uma cidade pequena.
Em nosso município e região a cana-de-açúcar é a principal fonte de trabalho; é cortando cana que muitos trabalhadores sustentam suas famílias. Devido ao serviço árduo e estafante, podemos chamá-los de cavaleiros da cana, pois levantam de madrugada, vestem suas armaduras e saem para a luta com a determinação de guerreiros.
Mas ultimamente algo vem lhes tirando o sono: a provável mecanização da colheita de cana. Penso que isso não deveria acontecer, pois é indiscutível que esse tipo de colheita irá ocasionar o desemprego de muitos trabalhadores braçais.
Com a implantação da mecanização, as usinas teriam mais lucros, pois, segundo dados da Alcopar, enquanto um trabalhador colhe em média seis toneladas de cana por dia, uma máquina pode colher seiscentas.
Segundo dados da União dos Produtores de Bioenergia (UDOP), o Paraná ocupa o segundo lugar na produção de cana-de-açúcar. Isso é algo que podemos perceber claramente observando o aumento do plantio de cana em nossa área rural, que, se por um lado, gera muitos empregos, por outro, causa problemas ambientais.
Nesse sentido, os que são contrários ao processo de mecanização da colheita de cana-de-açúcar argumentam que ele tiraria o emprego de muita gente, que em sua maioria possui baixa escolaridade e não conseguiria outro emprego, principalmente com carteira assinada, como o proporcionado pelo corte de cana.
Os que argumentam a favor citam as questões ambientais, pois com o trabalho das máquinas não haveria a necessidade das queimadas dos canaviais que poluem o ar, matam animais e prejudicam a saúde humana, principalmente a dos próprios cortadores de cana que entram em contato direto com a fuligem.
Na minha opinião, os impactos negativos causados pelas queimadas são inegáveis, mas não deveriam servir de justificativa para a substituição de trabalhadores por máquinas. Vale lembrar que o corte da cana sem a prática da queimada não é impossível, pois isso já ocorre quando há o corte de cana para a produção de mudas.
Segundo pesquisa feita pelo engenheiro ambiental Eleutério Languloski, não há motivos que justifiquem técnica, ecológica ou socialmente as queimadas nos canaviais, a não ser para maior rendimento da colheita.
Esse, com certeza, é um impasse difícil de ser resolvido, mas acho que a solução está com os donos de usinas, que poderiam abrir mão de suas margens de lucro, acabando com a prática da queima de cana, pagando uma remuneração mais justa aos seus trabalhadores que, produziriam menos do que na situação atual, e fornecendo-lhes equipamentos de trabalho adequados para sua proteção, visto que na colheita da cana os trabalhadores estariam mais sujeitos à picada de bichos peçonhentos e cortes causados pelas folhas.
Assim, o verde de nossos canaviais continuaria sendo a cor da esperança de nossos cavaleiros, que vêem no plantio da cana e na força de seu trabalho a garantia de sustento de suas famílias e o progresso de nossa cidade.
Escola: E. E. E. F. Doutor Duílio Trevisani Beltrão
Cidade: Tamboara – PR
Professora: Vanicléia de Oliveira Sousa Rebelo
Aluna: Mariane Cheli de Oliveira

Artigos de opinião - Atividades com texto

OFICINA II- Artigos de opinião


O ARTIGO DE OPINIÃO é um texto argumentativo, cujo objetivo é apresentar uma posição e argumentar, mostrando aos leitores porque devem concordar com o autor. Daí, o tom de convencimento.
O artigo de opinião circula em jornais e revistas e é escrito, normalmente, por um especialista ou por uma pessoa da comunidade que toma posição diante de uma questão polêmica.


POLÊMICA

Uma polêmica relaciona-se a algo que não tem uma única resposta. Cada pessoa pode concordar ou discordar dela por diferentes razões.

Olimpíadas - lugar onde eu vivo! 

LEITURA DE UM ARTIGO DE OPINIÃO (dupla ou trio)


SOU CONTRA A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL
Renato Roseno

A brutalidade cometida contra dois jovens em São Paulo reacendeu uma fogueira: a redução da idade penal. Algumas pessoas defendem a ideia de que a partir dos dezesseis anos os jovens que cometem crimes devem cumprir pena em prisão. Acreditam que a violência pode estar aumentando porque as penas que estão previstas em lei, ou a aplicação delas, são muito suaves para os menores de idade. Mas é necessário pensar nos porquês da violência, já que não há um único tipo de crime.
Vivemos em um sistema socioeconômico historicamente desigual e violento, que só pode gerar mais violência. Então, medidas mais repressivas nos dão a falsa sensação de que algo está sendo feito, mas o problema só piora. Por isso, temos que fazer as opções mais eficientes e mais condizentes com os valores que defendemos.
Defendo uma sociedade que cometa menos crimes e não que puna mais. Em nenhum lugar do mundo houve experiência positiva de adolescentes e adultos juntos no mesmo sistema penal. Fazer isso não diminuirá a violência. Nosso sistema penal como está não melhora as pessoas.O problema não está só na lei, mas na capacidade para aplicá-la.
Sou contra porque a possibilidade de sobrevivência e transformação desses adolescentes está na correta aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Lá estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização de adolescentes que violaram a lei. Para fazer bom uso do ECA é necessário dinheiro, competência e vontade.
Sou contra toda e qualquer forma de impunidade. Quem fere a lei deve ser responsabilizado. Mas reduzir a idade penal é ineficiente para atacar o problema. Problemas complexos não serão superados de modo simplório e imediatista. Precisamos de inteligência, orçamento e, sobretudo, de um projeto ético e político de sociedade que valorize a vida em todas as suas formas. Nossos jovens não precisam ir para a cadeia. Precisam sair do caminho que os leva até lá. A decisão agora é nossa: se queremos construir um país com mais prisões ou com mais parques e escolas.

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Renato Roseano é advogado, coordenador do Centro
De Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca –
Ceará) e da Associação Nacional dos Centros de
Defesa da Criança e do Adolescente (Anced).
Fonte: www.cedecaceara.org/maioridadena.htm

 

Atividade

Ler novamente o texto e responder as questões a seguir:

a) Quem é o autor do texto? Em que ele é especialista?
b) Onde o texto foi publicado?
c) Qual é a questão polêmica?
d) O autor refere-se a um acontecimento que o levou a escrever esse artigo. Que acontecimento foi esse?
e) Qual a posição do autor a respeito da polêmica?
f) Que argumentos ele usa para justificar sua posição?
g) No texto, o autor apresenta argumentos de pessoas que discordam dele. Que argumentos são esses?
h) O autor propõe alguma alternativa de tratamento para os jovens infratores, ou seja, reflete a respeito de uma solução para a polêmica?
i) Qual o objetivo do autor?
j) Quem é o público leitor?

 

 

 

 

Crônicas - modelo para olimpíadas

DOIS MODELOS DE CRÔNICAS SOBRE O LUGAR ONDE VIVO

!º Ano do Ensino Médio- Olimpíadas de Língua Portuguesa


1ª O lugar onde vivo
O lugar onde vivo não é dos melhores, mas sem querer ser dedo duro ou bajulador, confesso que já foi bem pior. É uma cidade localizada no semiárido baiano e tem, aproximadamente, 68 mil habitantes. Seu nome é Euclides da Cunha em homenagem ao escritor do livro “OS SERTÕES”. É um lugarzinho acolhedor e os moradores são hospitaleiros o que faz com que os visitantes sintam-se à vontade e com o desejo de retornarem outras vezes.
            Aqui não existe qualquer tipo de poluição industrial nem chuva ácida. E como poderia existir já que não há fábricas e nem chove? Já a poluição sonora é de estourar os tímpanos. Mas onde não há? Faz parte do chamado “mundo das propagandas” porque inventaram que ela é “amiga do negócio”. E aquelas caixas de som potentes instaladas nos carros, bares e lanchonetes? Durma com uma zoada dessas! Mesmo assim, ainda temos a oportunidade de admirar o jardim, as praças e avenidas a qualquer momento. Crianças, jovens e idosos utilizam esses espaços com segurança, conforto e comodidade desde que o som seja ambiente. As praças são importantes para a criançada brincar, e também para jovens e adultos praticarem esportes.
 Eu e meus amigos, por exemplo, sempre frequentamos o ginásio de esportes ou o campinho do bairro para jogarmos um baba. Mas só tem jogo, no dia em que o meu amigo leva a bola dele.  Nesses lugares ocorrem os encontros e reencontros onde todos compartilham o direito de serem livres e, assim, saírem da rotina e desfrutarem dos tão sonhados dias melhores.
Quanto aos festejos juninos, fazem parte da nossa cultura há várias décadas. Nesse período a cidade fica toda colorida com bandeirolas, fogos de artifícios e outras ornamentações; a maioria da população acende fogueiras (porque fazem parte da tradição) para comemorar o Dia de São João e tudo isso atrai multidões vindas das cidades vizinhas, da capital e de outros estados. A culinária, além de ser variada, é uma delícia. O povo dança no forródromo, nas ruas, bares e onde tiver um som, mesmo que seja mecânico e, ainda que exausto, continua nesse movimento frenético que dura até o sol raiar. É nesse período onde rico e pobre se misturam assumindo a condição de sertanejo “caipira”.
Mas há algum tempo atrás, a cidade não era bonita e a vida dos moradores era muito sofrida. Cresci ouvindo meus pais e meus avós falando como se formou a cidade, o modo de vida da população, as dificuldades enfrentadas quando alguém precisava se locomover para outras localidades, os meios de transportes que eram utilizados na época, energia e distribuição de água que eram fornecidas somente para os moradores do centro da cidade. Através desses relatos percebo que as coisas estão mudando e que todos estão mais felizes.
Em minha memória estão registradas também algumas lembranças de um passado não muito distante, quando eu andava pelas ruas e via a cidade abandonada. Hoje, vejo canteiros de obras por todas as partes, inclusive na periferia, o que torna o ambiente mais harmonioso e com uma qualidade de vida mais saudável para os moradores. Onde antes eu só via “lixo”, hoje eu vejo “luxo”. Esse é o lugar onde vivo.
O lugar onde vivo
            O lugar onde vivo chama-se Euclides da Cunha e fica localizado no interior da Bahia. É uma cidade pequena, mas está passando por grandes transformações. Em todos os lugares vemos canteiros de obras o que faz com que os moradores sintam-se mais felizes.
            Nos terrenos que antes eram abandonados, foram construídas lindas praças, onde jovens e adultos utilizam para se encontrarem, fazerem caminhadas, praticarem esportes. Nos parquinhos infantis as crianças brincam à vontade.
            Tem várias escolas públicas e particulares como também faculdades. O comércio é bastante diversificado. A feira livre, que acontece aos sábados, é dividida em duas partes: no Centro de Abastecimento os feirantes vendem alimentação; nas ruas próximas são vendidas outras mercadorias como: calçados, bijuterias, materiais confeccionados com couro, barro e roupas para todos os gostos e idade. É ali onde as mulheres disputam espaço para fazerem compras. Elas até apelidaram as barracas das roupas de “shopingchão” porque é tudo barato. Eu acho engraçado porque elas se divertem com isso. Parece um formigueiro.
            Aqui também são comemorados os festejos juninos. Mas é no período de São João que o povo fica mais animado. Vem gente de outras cidades e estados para participarem dessa tradição. As atrações se concentram no forródromo. Lá são armados o palco, onde os artistas se apresentam, barracas com bebidas e comidas típicas. A cidade fica toda enfeitada. As luzes se misturam com os fogos de artifício deixando tudo colorido e bem mais bonito. 
            Mas nem tudo é festa porque esse é um lugar castigado pela seca. Quando chove os agricultores plantam feijão e milho, porém não é todo ano que se colhe o que é plantado. Isso acontece porque às vezes chove demais ou falta chuva prejudicando as plantações e causando prejuízos. Até os animais sofrem com a seca e muitos não resistem e morrem. É comum serem alimentados com ração extraída da caatinga como, por exemplo, cacto, mandacaru, sisal palma e semente de algaroba. É possível ver ainda pequenos rebanhos espalhados ao longo das estradas “roendo” alguma plantação como uma tentativa de sobrevivência.
            No subsolo encontra-se o calcário que era extraído por uma grande indústria. Após o seu fechamento, foram instaladas outras duas empresas que exploram essa atividade, como também transformam rochas em britas. Mesmo assim há um equilíbrio entre o homem e a natureza. Esse fenômeno da seca não acontece por causa da não preservação do meio ambiente. Ele se dá devido à localização em que se encontra o município. Mesmo não havendo jazidas de pedras preciosas, o lugar onde vivo é, para mim, uma joia.
Após ler atentamente as duas crônicas pense e registre suas primeiras ideias:
A) O que chama atenção no lugar onde você vive?
B) Precisa colocar ironia na sua crônica?
C) Pesquise: Campo Grande - Culturas - festas e lugares turísticos que podem ser citados em uma crônica
        
Bom trabalho!

Atividades - sujeitos

Questões gramaticais:Nos exercícios abaixo, você deverá fazer a associação entre as frases e as legendas dadas. Faça com bastante cuidado.
Associe:
a) sujeito simples;
b) sujeito oculto;
c) sujeito inexistente;
d) sujeito composto;
e) sujeito indeterminado;
01) ( ) Ventou muito pela manhã.
02) ( ) Prenderam o bandido.
03) ( ) Conheces o valor de cada palavra?
04) ( ) Trabalha-se de dia, descansa-se à noite.
05) ( ) Conduzia Carlos os destinos do país.
06) ( ) Chovem bênçãos sobre a multidão.
07) ( ) Haverá seres vivos em outros mundos?
08) ( ) Existirão seres vivos em outros mundos?
09) ( ) Falaram tanto de você.
10) ( ) Falou-se tanto de você.
11) ( ) Alguém falou tanto de você.
12) ( ) Ela falou tanto de você.
13) ( ) Faz um calor insuportável.
14) ( ) Cai neve no meu coração.
15) ( ) Quebrou-se a vidraça.
16) ( ) Quebraram a vidraça.
17) ( ) Ouviu-se por toda a sala um oh! de decepção.
18) ( ) Aspirava-se a uma vida melhor naquela época.
19) ( ) Passará o céu e a terra...
20) ( ) Garantir-se-ão as liberdades individuais.
21) ( ) Conquistou-se uma boa posição social.
22) ( ) Admira-se a obra prima de A S. Galvão.
23) ( ) Meus filhos, não vos esqueçais de mim.
24) ( ) São dez horas no relógio da matriz.
25) ( ) Vai em dois anos ou pouco mais que ...
26) ( ) Deram dez horas no relógio da sala.
27) ( ) Deu dez horas o relógio da sala.
28) ( ) Basta de reclamações!
29) ( ) Basta uma única resposta.
30) ( ) "Diz que era uma vez quatro ladrões muitos sabidos..."(Apenas o sujeito da 1ªoração).

Texto: Falar errado - Lya Luft

Atividades – Ensino Médio – 2º e 3º ano (coloque o texto que você produzir num power point e deixe-o bem bonitinho... cheio de FLUFLU...

Leia o texto de Lya Luft e depois faça o que se pede:

Todo mundo fala errado?
Lya Luft

Frequentemente se ouve alguém afirmar, desamparado, que "todo mundo fala errado". Se apenas observarmos superficialmente, poderemos achar que a afirmação está correta. É verdade: ninguém ou quase ninguém fala "certo". Talvez devêssemos então indagar o que é falar "certo". A maioria das respostas será que é "falar como está nas gramáticas", isto é: todo mundo deveria usar, com naturalidade e freqüência, as formas mais sofisticadas da chamada língua-padrão. Nesse caso, diríamos aos amigos, aos filhos, aos empregados coisas como:
- Maria, viste meu filho na escola?
- Não, Teresa, Vê-lo-ei amanhã somente.
Ou ainda:
- Poderias dizer-me aonde irás esta noite?
- Dir-te-ei unicamente quando tiver regressado.
E ainda coisas deliciosas, como:
- Que pensais da cultura dos nossos universitários?
- Não vos posso dar essa resposta, porque seria demasiado desanimadora.
Ora, dirão os meus leitores, que linguajar mais horrível. Que pedantismo, que erudição falsa, que inadequação à nossa realidade. Ninguém fala assim. Enfim uma observação inteligente: ninguém fala assim, porque essas formas, e muitas outras que não estão nos livros, não se usam. Tornaram-se arcaicas, pertencem a um nível de linguagem culto formal, que se aceita, com dor nos ouvidos, em discursos, em sermões de igreja (e olhe lá!. Pelo que nossa liturgia e posturas na Igreja andam evoluindo, em breve a música religiosa será considerada blasfêmia...). São formas apenas aturadas, como se aturam trastes velhos pela casa, enquanto não sabemos onde os colocar. Isso significa que aquilo que os mais ingênuos julgam ser a maneira correta de falar, não passa de fórmula livresca, seca, sem vida. Mas não é, nem de longe, o que devemos empregar diariamente, muito menos na fala. Pois na língua se distinguem duas maneiras de registrar o pensamento: a fala, registro primeiro, e a escrita, registro segundo, isto é, registro da fala. Observando isso, podemos concluir que a escrita é que deve reproduzir a fala, e não vice-versa. Assim não é correto que devêssemos falar como se escreve, mas deveríamos, isso sim, escrever como se fala, o que é impossível por uma série de motivos, um dos quais o de ser a escrita um código determinado por decretos oficiais. Por isso, não é correto somente o que está "nos livros".
Mas há outros aspectos, como a linguagem ser um comportamento social do homem. Não se usa um calção em uma conferência, nem terno e gravata para ir à piscina (entre amigos), como não se fala de maneira descontraída em uma conferência(...) Na escrita, para aprendermos realmente a escrever, é necessário um treinamento intenso, pois o código é mais complicado, obedece a regras fixas e rígidas. Nadar se aprende nadando; guiar se aprende guiando; falar se aprende falando, e escrever se aprende escrevendo e lendo, para internalizar estruturas. O assunto linguagem é complexo demais para ser tratado num artigo, e todos os livros escritos a respeito ainda nos deixam saudavelmente curiosos e perplexos.

1º Para a autora usar expressões coloquiais (informais)é errado? Explique

2ª Produção textual: Após ler atentamente o texto, produza um pequeno texto reflexivo que deixe claro se falar errado é realmente errado em todas as ocasiões. Expresse as ideias que o texto de Lya Luft apresenta sobre o assunto. Dê também sua opinião. ( Mínimo 10 linhas)